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Médicos acreditam em aumento de casos de covid-19 após festas de fim de ano

Vacinação bivalente contra a covid-19 é direcionada principalmente a pacientes imunocomprometidos. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Vacinação bivalente contra a covid-19 é direcionada principalmente a pacientes imunocomprometidos. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

As aglomerações de pessoas para as compras de fim de ano, além das festas de Natal e de ano novo, possivelmente, deverão impulsionar um aumento de casos de doenças respiratórias e infecciosas, como a covid-19. Apesar disso, não é esperado que haja evolução no número de casos graves da doença, principalmente, pelo avanço da vacinação na capital federal. É o que avaliam especialistas ouvidos pelo Correio.

No início do mês, o Ministério da Saúde identificou no Brasil duas novas subvariantes da ômicron (variante dominante no mundo). Uma delas, a JN.1 foi classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma subvariante de “interesse”, por conta da transmissão mais rápida. A instituição afirmou, no entanto, que o risco para o público é baixo.

O infectologista Julival Ribeiro enfatiza que a principal orientação, especialmente com o surgimento de novas linhagens, é manter o ciclo vacinal em dia. “O vírus está circulando com mutações diferentes. A JN.1 é uma variante transmissível, mas não é possível falar que ela seja tanto de risco. A recomendação de sempre é que as pessoas mais vulneráveis, como imunocomprometidos, imunossupressores, idosos e pessoas que tenham doenças crônicas devem se vacinar e tomar a dose de reforço, já que a doença tende a ficar mais grave nesses grupos”, explicou.

O especialista assinala que o cenário que se desenha é de aumento de casos de covid-19. Para inibir novas subvariantes da doença, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na última terça-feira, a atualização da vacina Comirnaty monovalente. “Ela tem maior atuação nas novas variantes, levando uma proteção melhor para os grupos vulneráveis”, explica. “Como temos festas e aglomerações, às vezes, em locais fechados, recomenda-se que as pessoas que estejam mais vulneráveis à doença usem máscaras, além de higienizar as mãos. E é lógico: se tiver sintomas gripais, fique em casa e não vá em nenhuma comemoração”, completa Ribeiro.

Doenças infecciosas

Para o infectologista Gilberto Nogueira, o cenário nesta época aponta também para o aumento de casos de doenças respiratórias e infecciosas. O especialista diz que os hospitais públicos e particulares, além de unidades de saúde, precisam estar atentos para receber novos pacientes com esse tipo de problema.

“É natural, mas esperamos que esses casos sejam leves. A saúde pública e a saúde privada devem estar preparadas para o aumento no número de casos. Acredito que devemos ter esse cenário nas próximas semanas”, ressaltou o infectologista.

Nogueira reforçou que a imunização segue sendo a melhor estratégia para proteção individual e coletiva. “Toda e qualquer vacina, quando estudada e comprovada a sua segurança, é recomendável o uso. A vacina, de maneira geral, entre elas a da covid-19, foi desenvolvida para não evoluir para uma doença mais grave e hospitalizações”, destaca.

Transmissão

A taxa de transmissão da covid-19 no Distrito Federal está em 0,81, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado na última semana pela Secretaria de Saúde (SES-DF), O número indica que cada 100 pessoas podem infectar 81 na capital do país. Segundo a OMS, quando o número fica abaixo de 1, a pandemia está controlada.

Desde o início da pandemia, em 2020, até 16 de dezembro, foram notificados no DF 926.808 casos confirmados da doença. Desse total, 914.404 pessoas estão recuperadas e 11.948 morreram. Dos óbitos registrados pela pasta, 1.037 são de pessoas residentes em outros estados, incluindo 891 em Goiás.

Sobre a vacinação, 5,4 milhões de doses foram aplicadas desde o início da campanha, em janeiro de 2021. Cerca de 2,3 milhões de brasilienses receberam a primeira dose, enquanto 1,1 milhão receberam a segunda. Outros 22 mil tiveram a terceira dose. A bivalente, recomendável para pessoas com 60 anos ou mais e imunocomprometidos acima de 12 anos, foi aplicada em 624 mil pessoas.

Vacinação

Não haverá vacinação da covid-19 hoje, e nem amanhã, feriado de Natal. As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) também não terão atendimento nos dois dias. Na terça-feira 26, os serviços voltam ao normal. Os locais de vacinação podem ser conferidos neste link.

AgoraRN

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