O Estado Islâmico (ISIS, na sigla em inglês) assumiu a responsabilidade pelas duas explosões perto do local onde está enterrado o corpo do comandante militar Qasem Soleimani no sul do Irã, de acordo com o grupo de monitoramento terrorista The Search for International Terrorist Entities.

Ao menos 84 pessoas foram mortas e 284 ficaram feridas nas explosões na quarta-feira 3, informou a agência estatal de notícias IRNA. Este foi o ataque mais mortal no Irã desde a revolução de 1979.

O ISIS emitiu um comunicado nesta quinta-feira 4 alegando que dois homens-bomba detonaram seus coletes explosivos enquanto durante uma cerimônia relembrando o quarto ano do assassinato de Soleimani, perto de seu túmulo em sua cidade natal, Kerman.

O grupo não ofereceu mais provas, e o relato das explosões do Estado Islâmico difere do fornecido pela imprensa iraniana.

Até agora, o Irã não comentou a reivindicação de autoria do ISIS.

O presidente do Irã, Ebhrahim Raisi, culpou anteriormente Israel pelas explosões e advertiu que o país pagará um “preço alto”. Os militares israelenses disseram à CNN que não tinham “comentários” sobre o assunto.

Antes da declaração do Estado Islâmico, analistas e uma autoridade dos EUA informaram que as explosões se assemelhavam de um ataque terrorista.

“Parece um ataque terrorista, o tipo de coisa que vimos o ISIS fazer no passado”, pontuou a autoridade.

O porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Matt Miller, disse, por sua vez, que os EUA estavam cientes da afirmação do Estado Islâmico, mas “não estavam prontos para oferecer uma avaliação formal”.

Com informações da CNN Brasil