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Médico infectologista reforça importância da prioridade de vacina contra dengue em adolescentes

Rio grande do norte tem quase 3 mil casos de dengue confirmados em 2020
Mosquito da dengue - Foto: reprodução

O Governo Federal anunciou na última quinta-feira 25 a lista de cidades que receberão a vacina contra a dengue. Neste primeiro momento, o Ministério da Saúde estabeleceu como prioridade a vacinação de adolescentes, entre 10 e 14 anos, por ser o público com maior número de internações. Em conversa com AGORA RN, o médico infectologista, Kleber Luz, reforçou a informação.

O médico e professor explicou que concorda com a decisão devido ao número de casos recorrentes. “A gente está de acordo com a decisão do Ministério da Saúde de priorizar nesse primeiro momento as crianças e adolescentes. É uma opção, obviamente, que o Ministério tomou, mas que faz todo sentido”, disse o médico.

No Rio Grande do Norte, 19 cidades estão contempladas com o esquema vacinal definido pelo Governo, incluindo a capital Natal. A recomendação do infectologista é que a vacina deve ser aplicada, portanto a população deve colaborar, levando as crianças e adolescentes para serem vacinadas, tomando a primeira e a segunda dose.

“O processo deverá ser feito formalmente. Caso a criança tome a primeira dose, então deverá tomar a segunda dose, porque ela só vai ser considerada vacinada, após a segunda dose, depois de três meses. Caso haja criadouros na casa, a família tem também que evitar os criadouros, ou seja participar de todas aquelas atividades de prevenção da dengue”, explicou.

O Brasil é o primeiro país no mundo a oferecer o imunizante na rede pública e o médico comemora essa chegada. “A chegada dessa vacina é como uma esperança, mais uma ferramenta para o controle dessa doença que já matou mais de 90 pessoas esse ano no Brasil e que já conta com 140 mil casos”, ressaltou.

Em relação aos cuidados e prevenção da doença, o professor reforça as costumeiras recomendações. “Continua sendo aquelas, né? De evitar o criador. Na hora em que não tem o criador, não tem mosquito, não tem doença. O uso de repelentes para as grávidas principalmente, porque protege também contra a zika. Essa é uma medida importante, mas as medidas educativas e de controle do vetor são fundamentais”, completou.

Os municípios com mais de 100 mil habitantes e classificados com alta transmissão do tipo 2 da dengue foram incluídos nas iniciativas de combate à doença. Além disso, as cidades próximas a essas áreas foram incorporadas às chamadas “regiões de saúde”, de acordo com as diretrizes do governo.

Com essa decisão, 521 municípios, distribuídos por 16 estados e o Distrito Federal, estão agendados para receber a vacina. Esse número representa um pouco mais de 10% do total de municípios no país.

Prevenção contra a dengue

As medidas de prevenção contra a dengue fazem parte da estratégia para evitar a proliferação do mosquito e da doença. Algumas das medidas que podem ser adotadas em casa são:

  1. Eliminação de Recipientes de Água Parada: Ações para remover ou cobrir adequadamente recipientes que acumulam água, como pneus velhos, vasos de plantas, garrafas e recipientes descartáveis.
  2. Limpeza de Calhas: Manutenção regular para evitar o acúmulo de água em calhas e canaletas, locais propícios para a reprodução do mosquito.
  3. Tratamento de Reservatórios de Água: Uso de produtos específicos para tratamento de reservatórios de água, como caixas d’água e tanques, impedindo a proliferação do Aedes aegypti.
  4. Uso de Repelentes: Aplicação regular de repelentes, principalmente em áreas com alta incidência de dengue, para evitar as picadas do mosquito.

AgoraRN

Dr. DINNA Oliveira
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