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Mais de 60 mortos e maior tragédia desde 2010: o que se sabe sobre os incêndios florestais no Chile

Vista aérea da região de Viña del Mar, no Chile, mostra a destruição causada pelos incêndios florestais. Foto: Reuters
Vista aérea da região de Viña del Mar, no Chile, mostra a destruição causada pelos incêndios florestais. Foto: Reuters

O presidente do Chile, Gabriel Boric, decretou estado de emergência na medida que incêndios florestais já deixaram mais de 60 mortos e centenas de desaparecidos até este domingo 4, no evento que já é considerado pelas autoridades como a maior tragédia nacional desde o terremoto de 2010, que vitimou mais de 500 pessoas.

A maior parte do fogo estava se espalhando na região costeira de Valparaíso, província de quase um milhão de pessoas, sede do Congresso e onde fica um dos principais portos do país.

Até este sábado 3, ao menos 43 mil hectares já haviam sido alcançados pelas chamas, com 37 focos ativos e mais de 40 controlados.

Os primeiros registros de vítimas foram feitos na sexta-feira 2, e a expectativa é que o número de mortos aumente “significativamente” enquanto bombeiros, soldados e brigadistas lutavam para apagar vários incêndios no centro e no sul do país, informou Boric.

“Dadas as condições da tragédia, o número de vítimas certamente aumentará nas próximas horas”, disse Boric, que viajou à região neste domingo para acompanhar os trabalhos de resgate.

A prefeita de Viña del Mar, Macarena Ripamonti, disse que também havia 372 pessoas desaparecidas, embora a informação devesse ser verificada junto aos órgãos competentes, conforme explicou em declarações à imprensa.

Milhares estão em abrigos

Autoridades chilenas informaram que 70% das áreas atingidas pelos fogos são lotes, enquanto 30% são habitações.

Conforme o Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred), até a noite de sábado, 1.600 mil pessoas foram deslocadas para os 15 abrigos montados na região.

A ministra do Interior chilena, Carolina Tohá, relatou danos em pelo menos 1.100 casas e disse que os números poderiam aumentar à medida que as autoridades entrassem em áreas de difícil acesso.

“Estamos juntos, todos nós, combatendo a emergência. A prioridade é salvar vidas”, disse Boric em uma mensagem à nação, acrescentando que havia decidido manter o toque de recolher e reforçar a presença militar nas áreas mais afetadas.

AgoraRN

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