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“Secretário de administração do RN usou de má-fé”, diz FIERN em nota sobre inflação

Casa da Indústria, Sede da Fiern em Natal - Foto: José Aldenir / AGORA RN
Casa da Indústria, Sede da Fiern em Natal - Foto: José Aldenir / AGORA RN

A  Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) emitiu uma nota respondendo às críticas do secretário de Administração do RN, Pedro Lopes, sobre a inflação de janeiro. A federação classificou os comentários do secretário como “má-fé”. Após entidades se posicionarem, o secretário afirmou neste domingo 18 que “Empresário não paga ICMS, tão somente repassa ao Estado”.

Em postagem, Pedro Lopes, criticou a Fiern e a Fecomércio por terem defendido a redução do ICMS, de 20% para 18%.

A FIERN veio a público esclarecer sobre os números da inflação de janeiro e classificou o IPC (índice de preços aos consumidor).

Leia a nota na íntegra:

A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) vem a público diante das inverdades divulgadas em rede social neste sábado (17) pelo Secretário Estadual da Administração, Sr. Pedro Lopes, autoridade responsável por tão importante pasta do Governo que deveria, por dever de ofício, primar pela verdade no que diz respeito às informações econômicas do Estado.

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) é um indicador fundamental para compreender a inflação no município de Natal, sendo publicado mensalmente desde o ano 2000 pelo IDEMA – Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente. É importante ressaltar que o IPC é um índice referente apenas à capital, e não abrange outras regiões do Estado. Na história do indicador nunca houve um mês de janeiro em que se pôde constatar deflação (redução abaixo de zero).

Neste sentido, o IPC divulgado pelo IDEMA em 06 de fevereiro de 2024, informando a inflação de janeiro para a capital potiguar em 0,46% significou, não só uma variação abaixo da média histórica do indicador, atualmente em 0,76%; como também, representa a menor variação desde o ano de 2020 e a 4º menor da série histórica iniciada nos anos 2000.

Ao detalhar o IPC de janeiro de 2024, apurou-se que o grupo alimentos e bebidas tiveram a maior contribuição para a inflação, impulsionando a média para cima. Essa tendência é compreensível, não só pela sazonalidade do indicador, mas também por questões intrínsecas ao período como aumento do movimento turístico e, consequentemente, maior circulação financeira e consumo neste grupo do IPC.

O Secretário de Administração usou de má-fé ao dizer que “os empresários ficaram com o dinheiro do ICMS”, induzindo conclusão falsa acerca da causa desta inflação do mês de janeiro. Vale lembrar que quem paga o imposto é o consumidor, a indústria arrecada e repassa aos entes públicos.

Indignada diante da manipulação dos números, a FIERN reforça a importância da precisão na divulgação de informações econômicas, obrigação tanto da indústria quanto das autoridades do nosso Estado. Aliás, a missão maior desta Federação é a defesa da indústria potiguar e o compromisso com o desenvolvimento econômico, social e ambiental do RN. Desta missão a FIERN não esmorecerá – ainda mais diante de críticas infundadas.
Diretoria da FIERN

Em resposta as entidades, o secretário voltou neste domingo as redes sociais e afirmou que “Empresário não paga ICMS, tão somente repassa ao Estado. Quando sua alíquota se eleva, o empresário aumenta os preços”.

AgoraRN

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