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Vagner Araujo: O Rio Grande do Norte precisa se preparar

Parque eólico teve aval do Idema para ser instalado na Serra do Feiticeiro, em Lajes, no interior do Rio Grande do Norte. Foto: José Aldenir / Agora RN
Energia eólica - Foto: José Aldenir / Agora RN

O Rio Grande do Norte, estado conhecido por suas belezas naturais e forte vocação para atividades tradicionais como agricultura e turismo, emerge agora como um cenário promissor na produção de energias renováveis. Essa transição energética, que substitui fontes fósseis por alternativas limpas, representa não apenas um avanço tecnológico e ambiental, mas também uma oportunidade econômica sem precedentes para o povo potiguar.

Historicamente, o estado tem sido um produtor significativo de petróleo, mas hoje se posiciona na vanguarda das energias limpas – eólica, solar e, mais recentemente, explorando o potencial para o hidrogênio verde. Este último, frequentemente citado como o combustível do futuro devido à sua produção sustentável e baixo impacto ambiental, simboliza uma verdadeira bênção da natureza para o Rio Grande do Norte. A abundância de recursos naturais coloca o estado em uma posição privilegiada para liderar a transição energética no Brasil.

Contudo, para que essa vocação natural se traduza em benefícios concretos para a população local, como emprego e renda, é necessário um esforço coletivo para superar desafios fundamentais. O primeiro passo é a capacitação da força de trabalho. Instituições de ensino técnico, médio e universitário desempenham um papel decisivo nesse processo, preparando o capital humano para atuar nas diversas cadeias produtivas ligadas à indústria de energias renováveis.

Historicamente acostumados com setores como algodão, pesca, pecuária, turismo, sal, castanha, melão e camarão, os potiguares agora são precisam incorporar novos termos ao seu vocabulário: aerogeradores, placas solares, inversores, eletrolizadores. A familiarização com essas tecnologias não só facilitará a transição para um modelo de desenvolvimento sustentável, como também permitirá que a população local se torne protagonista dessa mudança.

A adoção dessas novas tecnologias e o desenvolvimento de competências relacionadas não são apenas uma questão de adaptação econômica, mas também uma oportunidade para redefinir o futuro do Rio Grande do Norte. Transformar-se de um estado dependente de recursos naturais finitos e atividades tradicionais para um líder em inovação energética significa romper com o passado de pobreza e abraçar um futuro de desenvolvimento sustentável, autonomia e desenvolvimento humano.

Em suma, a transição energética no Rio Grande do Norte representa uma oportunidade ímpar de redenção econômica e social. Ao investir na capacitação de nosso povo e na exploração de energias renováveis, o estado não apenas contribui para a luta global contra as mudanças climáticas, mas também se posiciona como um modelo de desenvolvimento sustentável. A plena realização desse potencial transformará os potiguares em verdadeiros protagonistas no cenário energético mundial, marcando o estado não apenas como um produtor de recursos naturais, mas como um polo de inovação e conhecimento na era das energias limpas.

AgoraRN

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