Os supermercados estão sendo obrigados a cumprir a Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que autorizou a venda de álcool líquido 70% somente até 31 de dezembro de 2023. Desde então, os estabelecimentos vêm comercializando apenas os estoques permitidos pela RDC Nº 766, os quais devem ser esgotados até 29 de abril. As farmácias também não estão mais autorizadas a disponibilizar o produto, sendo permitida apenas a versão em gel.
Em alguns pontos de venda, o álcool líquido não é mais encontrado. Para a Anvisa, a liberação temporária da venda do produto foi uma medida emergencial que tinha o objetivo de ampliar o acesso da população a itens que ajudam na redução do contágio do Covid-19.
A Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) entende que a proibição “retirará do consumidor o acesso ao produto de melhor relação custo-benefício, comprovadamente eficaz nos cuidados com a saúde, na sanitização de ambientes e na proteção contra doenças, incluindo a Covid-19.”
A venda, no entanto, volta a ser proibida na versão líquida. Mas o álcool em gel, que tem a mesma concentração, está liberado. A diferença é que este é considerado mais seguro, já que impede derramamento, evitando que grandes áreas do corpo sejam queimadas em um acidente doméstico, segundo a Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ). As crianças são as maiores vítimas de queimaduras nestes casos.
“O setor supermercadista fez uma campanha bem-sucedida de orientação e esclarecimentos ao consumidor que proporcionou um comportamento sensato e seguro destes sanitizantes, sem o registro de contingência ou acidentes desde a liberação da comercialização pela Agência em 2022”, explica o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.
Desde a última autorização da Anvisa, em 2022, mais de 64 milhões de unidades de álcool líquido 70% foram comercializadas pelos supermercados no país. Desde dezembro, a Abras vem tentando junto a Agência flexibilizar o prazo de venda do produto nos estabelecimentos do setor.
AgoraRN