O déficit de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) neonatal e pediátrica no Rio Grande do Norte de quase 300 leitos poderá ser reduzido em breve. Uma mobilização na Assembleia Legislativa, comandada pela deputada estadual Márcia Maia (PSDB), já garantiu cerca de R$ 2 milhões em emendas parlamentares para este fim já para o ano de 2016.
Há, inclusive, a expectativa que o valor previsto até possa ser ainda maior, já que outros parlamentares têm mostrado sensíveis à causa levantada na AL pela presidente da Frente Parlamentar Estadual da Criança e do Adolescente. A solicitação de remanejamento de parte das emendas parlamentares referentes ao ano de 2016 está sendo organizado e deve ser encaminhado ao Governo do Estado nos próximos dias. Márcia já sinalizou o remanejamento de R$ 500 mil em emenda ao orçamento.
A deputada, inclusive, realizou um pronunciamento nesta terça-feira (05) buscando uma mobilização ainda maior. “Faço um apelo aos deputados para que possam colaborar com essa causa, autorizando o Governo do Estado a remanejar emendas do Orçamento, ainda de 2016. Precisamos de solução imediata para essa situação, buscando minimizar o sofrimento de tantas mães e crianças do nosso RN. Tenho esperanças de alcançarmos ao menos os R$ 3 milhões”, defendeu a parlamentar.
A parlamentar destacou que o deputado Raimundo Fernandes (PSDB) declarou apoio à causa nesta terça-feira, além dos parlamentares que já haviam autorizado o remanejamento das emendas anteriormente. “Recebi há pouco a confirmação do deputado Raimundo. Já contamos também com a sensibilização dos deputados Álvaro Dias (PMDB), Fernando Mineiro (PT), Hermano Morais (PMDB) e Cristiane Dantas (PCdoB)”, declarou que, ao final da fala, também ganhou o apoio do deputado Gustavo Carvalho (PSDB).
O valor para implantação de uma UTI infantil é de R$ 150 mil, com manutenção estimada em R$ 60 mil. Cada unidade pode salvar 40 crianças ao ano e o déficit atual é de 300 leitos nas redes pública e privada do Estado, segundo diagnóstico do movimento Criança Viva.
“Nesse diagnóstico foram apontadas as ações que o Governo pode implementar para reverter esse quadro, como por exemplo os hospitais que têm condições de ampliar os seus leitos de UTIs infantis sem precisar ampliar o corpo de profissionais”, disse Márcia.
