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“Tinha por hábito buscar a conciliação entre as partes”, diz promotor Vicente Elísio sobre juiz Luiz Antônio

O Promotor de Justiça, Vicente Elísio de Oliveira Neto, em contato com o Blog Sidney Silva, emocionado, disse que o amigo Luiz Antônio Tomaz do Nascimento, que morreu na manhã deste domingo (11), de falência múltipla de órgãos, no Hospital do Coração em Natal, deixa um legado de amizades, trabalho, respeito e dedicação à magistratura, às filhas e aos amigos.

Promotor de Justiça, Vicente Elísio de Oliveira Neto

Os dois aturam juntos na 2ª Vara Cível da comarca de Caicó, Luiz Antônio como titular da Vara e Vicente Elísio como representante do Ministério Público.

Sobre um ser humano prestativo e atencioso, Dr. Vicente Elísio, lembrou que Luiz Antônio, “muitas vezes, atrasava as audiências para atender aos jurisdicionados, o cidadão ou a cidadã, que estavam aflitos buscando solução de algum caso que estava ajuizado. Eu cheguei a dizer para ele: Você atrasa as audiências, e as pessoas não compreendem o seu lado humano, prestativo e atencioso”.

Contou ainda que o juiz era acessível e conciliador. Tinha a experiente de mais de 4 décadas de atuação na magistratura no Rio Grande do Norte. “Desde quando eu cheguei à Caicó, vi que ele já tinha por hábito buscar a conciliação entre as partes, o que hoje é uma orientação para todos os magistrados”, disse.

Sobre a proximidade e inteligência, relatou que por mais de 18 anos, construíram grande amizade. “Eu queria chamar a atenção para a inteligência do Dr. Luiz Antônio, o seu amor pela leitura, o cuidado e zelo com o texto bem escrito, com a concordância e pontuação. Ele era, indiscutivelmente, um grande escritor, falo das decisões, de documentos”, afirma.

Por fim, o Dr. Vicente Elísio, contou do lado cômico, das amizades e amor pelas filhas do juiz. “Dizer ainda da irreverência, do bom humor, dos eternos trocadilhos, das brincadeiras que fazia com todos com quem ele convivia, mesmo em momentos mais difíceis, de conflitos. Ele ainda cultivou na sua trajetória, uma legião de amigos. Tinha dificuldades de recusar convites. Dizia que era uma demonstração de amizade, de afeto. O amor pelas suas filhas, o bom trato com os servidores da Justiça, seu local de trabalho, com promotores e advogados”, relatou.

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