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Jovem potiguar é finalista na 8ª Edição do Prêmio Empretec Women in Business Award

Potiguar Duda Franklin. Foto: Divulgalção
Foto: Divulgação

Potiguar Duda Franklin. Foto: Divulgalção
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A equipe da startup potiguar Orby Co. ganhou mais que um presente no dia em que a empresa completou um ano de operação. A CEO da Orby, Co., Maria Eduarda Franklin da Costa de Paula, mais conhecida como Duda Franklin, conseguiu um feito inédito para o Rio Grande do Norte ao ser selecionada como uma das seis finalistas na 8ª Edição do Prêmio Empretec Women in Business Award 2023.

Organizado pela UNCTAD juntamente com a rede global do Empretec, o prêmio visa identificar as contribuições mais promissoras de mulheres empresárias e inspiradoras nos países em desenvolvimento. Duda Franklin idealizou e colocou em operação o projeto de desenvolver soluções de alta tecnologia para a reabilitação músculo-esquelética funcional utilizando Inteligência Artificial (IA). A final da premiação acontecerá, durante o Fórum Mundial de Investimento das Nações Unidas, no período de 16 a 20 de outubro próximo, em Abu Dhabi.

“Estou muito feliz e realizada em ser finalista dessa premiação. Eu sempre acreditei que ela viria. Um ano se passou até esse prêmio, que veio para coroar um trabalho muito árduo. A gente vem se esforçando muito, trabalhando muito. E a gente está fazendo o futuro, que é agora”, comemora.

A ideia de criar uma plataforma integrada para monitorar processos de reabilitação se transformou em algo concreto, após Duda Franklin ganhar com sua equipe um prêmio na categoria Saúde e Bem-estar (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3 das Nações Unidas) no maior hackathon da América Latina, o Hacking Rio 2021.

A potiguar Orby Co.

Constituída em 14 de setembro do ano passado, a empresa cria soluções, a partir de alta tecnologia, para a reabilitar o músculo-esquelética funcional recorrendo à Inteligência Artificial (IA). A estimulação elétrica funcional é o que pode facilitar a contração de músculos paralisados e enfraquecidos, em decorrência de danos no cérebro ou na medula espinhal. Estima-se que, somente no Brasil, 14 milhões de pessoas poderiam se beneficiar dessa terapia. No entanto, as soluções existentes são bastante caras e a taxa de sucesso ainda é baixa.

A Orby vislumbra conquistar o mercado da neuromodulação, visando clínicas de reabilitação e hospitais como potenciais clientes diretos, e fisioterapeutas como utilizadores finais. Para além de integrar dispositivos, dados e IA, a plataforma visa otimizar o tempo de reabilitação, reduzir custos, alcançar escalabilidade e melhorar a gestão de utilizadores e dados. Antes de fazer o Empretec, a jovem Maria Eduarda admite que a Orby não tinha uma visão empreendedora.

Duda Franklin e os outros co-fundadores conseguiram expandir sua visão como empresa, elaborando um plano de negócios e se beneficiando de programas de aceleração, como o InovAtiva, o maior programa de aceleração da América Latina. A Orby continuou a participar e a ganhar prêmios, na competição HackBrazil e no Google for Startups.

“Eu acredito muito na ciência brasileira, nos cientistas brasileiros, nas pessoas que desenvolvem tecnologia e nos nossos empreendedores. Tem muita gente no Brasil fazendo muita coisa boa e eu acho que está na hora de a gente abraçar essa juventude, que está trilhando esse caminho de desenvolver tecnologia e ciência, de fazer novos negócios de base tecnológica”, externa a empreendedor.

E completa: “Está na hora dessas novas empresas receberem mais apoio, mais fomento e mais ajuda. Essa tríade, tecnologia, ciência e mercado, é a melhor combinação para tornar o Brasil uma sociedade à frente”.

Além de Duda Franklin, foram indicadas do Brasil ao prêmio, as empresárias Nathália Sodré Lázar Alckmin – Associação Projeto Semente (MG), Talita Almeida – É Nois na Canastra (MG), Beatriz Branco de Araújo – Angi Chocolates (MS), Iris Amati Martins – BioRevita Soluções Ambientais (SP) e Erica Machado de Melo – Eletromatrix Indústria Galvânica (RJ). Segundo os avaliadores a seleção deste ano foi particularmente difícil, uma vez que, todas as nomeadas são exemplos de empresárias que demonstram inovação, impacto nas comunidades e liderança nos seus empreendimentos.

Protagonismo x Empretec

O prêmio destaca mulheres que já passaram pelo seminário Empretec, que no Brasil tem metodologia aplicada exclusivamente pelo Sebrae. Duda Franklin tem uma visão muito nítida da transformação que essa imersão proporcionada pela capacitação pode gerar. A empresária considera que as melhores competências que aprendeu no Empretec foram a resiliência e o pensamento crítico estruturado, que lhe permitiram preparar um plano bem definido para a Orby. Nos próximos dois anos, a meta é emergir como uma das melhores empresas brasileiras no mercado da neuromodulação, celebrando acordos comerciais com instituições de saúde no Brasil, nos EUA e na Europa.

“O Empretec foi um divisor de águas pra mim. me ensinou sobre planejamento, operacionalização de um negócio e sobre autoconfiança para entender que estou num processo de aprender a lidar com o mercado. Ninguém nasce com as habilidades para ser empresário. Elas precisam ser ensinadas, e eu acho que o Empretec faz isso muito bem”.

Duda Franklin destaca a importância dos editais de inovação e o papel do Sebrae. “Os editais de inovação são um dos principais motores desse mercado novo que está surgindo no Brasil, principalmente as pessoas que estão desenvolvendo tecnologia ou que têm empresas advindas de produtos da ciência, com base científica e tecnológica. E o Sebrae é uma peça de extrema importância para a trilha de quase todos os empreendedores. Eu acredito que se você tentar falar com o founder de qualquer startup brasileira, vai saber que o Sebrae o ajudou muito”, conclui Duda, que apesar da pouca idade (24 anos), coleciona títulos de mestrados nas áreas de neuroengenharia, ciência, tecnologia e inovação.

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