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Júri popular da mulher que matou seridoense com 96 facadas em João Pessoa é marcado para novembro deste ano

Juri popular de Marilene, acusada de assassinar sua companheira a facadas, é marcado para novembro de 2023. Foto: Reprodução/Internet
Juri popular de Marilene, acusada de assassinar sua companheira a facadas, é marcado para novembro de 2023. Foto: Reprodução/Internet

O Julgamento Popular de Marilene da Silva Ramos, acusada de matar com 96 facadas a sua então companheira Gillimara Santos Da Costa, Natural de São Fernando (RN), foi agendado para o dia 23/11/2023 em João Pessoa (PB).

Marilene assassinou sua companheira e tentou contra a vida de Eliene Santos da Silva Diniz e do menor Davi Lucas Santos da Silva, mãe e sobrinho da vítima, respectivamente. 

Segundo as investigações feitas pela Polícia Civil, Gillimara vivia com Marilene há cinco anos e sofria constantemente de violência doméstica por Marilene. O casal era oriundo da cidade de Caicó (RN), e se mudou para João Pessoa porque Marilene estava sendo investigada e procurada por ter matado dois amantes utilizando veneno, um deles em São Gonçalo do Amarante (RN).

A mãe e o sobrinho da vítima estavam passando um período na casa do casal e sempre presenciaram as brigas e agressões feitas por Marilene. Já estava combinado que, no dia 20 de março daquele ano, a mãe e o sobrinho de Gillimara voltariam para Caicó. Na noite anterior à viagem, Marilene ofereceu suco e chá envenenados para Eliene e Davi Lucas, que adormeceram em seguida.

Na manhã do dia que ocorreu o crime, Eliene percebeu que seu Davi estava com os olhos revirados e espumando pela boca, quando se lembrou da bebida que Marilene havia dado na noite anterior e passou a acusar a denunciada de tê-los dopado. 

Na ocasião, Gillimara e Marilene começaram uma discussão, e a vítima disse que não iria mais viajar com sua família. Neste momento, a Marilene se trancou em um quarto com Gillimara e começou a lhe desferir diversos golpes de faca peixeira, totalizando 96 perfurações, ocasionando a morte da vítima.

A mãe da vítima, mesmo ainda estando dopada, tentou arrombar a porta do quarto a fim de salvar a filha, mas não conseguiu. Em seguida, começou a pedir ajuda aos vizinhos para acionar a polícia. Após assassinar Gillimara, Marilene deixou as vítimas trancadas no apartamento e foi embora tranquilamente, chegando a confirmar aos vizinhos que estavam do lado de fora do edifício, que: “a mãe quer que ela a leve para Caicó, mas ela não vai!” e “pode multar”; se referindo ao barulho causado.”

Após a PM arrombar o apartamento, além do corpo de Gillimara, eles encontraram Eliene e Davi extremamente dopados, de maneira que mal conseguiam se manter em pé. Também encontraram seringa contendo carrapaticida (comumente usada na prática de homicídio por envenenamento), várias diversas cartelas vazias de tranquilizantes, e a faca peixeira utilizada no homicídio.

 Marilene da Silva tentou fugir mas foi capturada e presa, dois dias após o crime, na cidade de Campina Grande (PB).

Sobre a denúncia do Ministério Público, a acusada responderá por homicídio qualificado. 

“O fato de a denunciada assassinar Gillimara e tentar matar Eliene e Davi Lucas para impedir que eles viajassem, caracteriza a futilidade do crime, além da qualificadora do feminicídio (em relação à Gillimara), por causa da condição de sexo feminino, envolvendo violência doméstica e familiar. Demais disso, diante da multiplicidade de lesões provocadas em Gillimara, impingindo à vítima sofrimento excessivo e desnecessário, caracteriza-se a qualificadora do meio cruel; bem como o emprego de veneno em relação às vítimas Eliene e Davi Lucas. Ainda, dessume-se que o recurso utilizado impossibilitou a defesa dos ofendidos, que foram atacados de surpresa“.

Atualmente, Marilene da Silva Ramos está presa. Todos os pedidos de liberdade solicitados pela sua defesa que é patrocinada Defensoria Pública, foram negados pelo Poder Judiciário.

AgoraRN

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