Em um relatório preliminar sobre as imagens fornecidas pelas autoridades italianas para investigar os incidentes de hostilidade envolvendo o Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no Aeroporto Internacional de Fiumicino, em Roma, a Polícia Federal (PF) declarou que as gravações “sugerem” que o filho de Moraes foi agredido.

A alegada agressão teria sido perpetrada por Roberto Mantovani, acompanhado de sua esposa, Andrea Munarão. Mantovani e sua família estão sob investigação por suposta injúria e agressão física contra Moraes e sua família, em um inquérito aberto a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).

De acordo com o documento da PF, “as imagens do Aeroporto Internacional de Roma indicam que Roberto Mantovani Filho e Andreia Munarão provocaram, deram causa e, possivelmente, com base em suas expressões corporais registradas nas imagens, podem ter insultado, injuriado ou até mesmo caluniado o Ministro Alexandre de Moraes e seu filho Alexandre Barci de Moraes”, escreveu o agente da PF Clésio Leão de Carvalho.

“Posteriormente, após uma breve discussão aparentemente desencadeada pelas ações de Andreia Munarão, que provocaram uma resposta verbal de Barci, Roberto Mantovani levantou a mão direita e atingiu o rosto (ou os óculos) de Alexandre Barci de Moraes, fazendo com que o acessório do filho do ministro caísse ou fosse deslocado de seu rosto”, acrescentou o relatório.

O Ministro Dias Toffoli, relator do caso no STF, tornou público na quarta-feira (4 de outubro de 2023) o processo de investigação, mas manteve sigilo sobre as imagens, divulgando apenas os documentos que analisam as gravações. Os autos do processo incluem também depoimentos dos envolvidos, os quais negam as agressões.

Segundo a versão de Moraes, ele teria sido hostilizado por brasileiros que o reconheceram no Aeroporto de Fiumicino, em Roma, em 14 de junho, quando estava retornando ao Brasil. O Ministro alega que o grupo o insultou e agrediu fisicamente seu filho, que teria sido atingido no rosto por um tapa.

Nos dois dias subsequentes ao incidente, a PF identificou três pessoas envolvidas na briga. Em seguida, os agentes federais cumpriram mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos: o casal Roberto Mantovani Filho e sua esposa, Andrea Munarão, e o genro deles, Alex Zanatta.

Com informações do Poder 360º