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Extrato de Cannabis sativa pode combater proliferação do Aedes Aegypti, revela pesquisa

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Planta Cannabis - Foto: divulgação

Um estudo conduzido pelo Programa de Pós-Graduação em Morfotecnologia, vinculado ao Centro de Biociências da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), divulgou resultados preliminares indicando que o extrato bruto da planta Cannabis sativa, a maconha, tem o potencial de afetar o desenvolvimento de embriões do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Segundo Suelice Guedes da Silva Brito, enfermeira e pesquisadora, larvas do Aedes que receberam tratamento com o extrato de cannabis apresentaram, três dias após o tratamento, a expulsão de suas membranas peritroficas, que contêm alimento. Essa membrana é uma estrutura anatômica nos insetos que separa o alimento do sistema digestivo deles.

O resultado foi considerado promissor e abre novas possibilidades para a utilização da planta no combate a doenças transmitidas por mosquitos. Suelice foi orientada pela professora Sônia Pereira Leite, coordenadora da pós-graduação de Morfotecnologia na UFPE.

“Se as próximas etapas da pesquisa confirmarem o que já foi estudado, será muito importante. Vivemos em um país tropical, onde as doenças transmitidas por mosquitos são comuns, e temos uma planta como a Cannabis, que podemos explorar para descobrir seu potencial nessa área, mas só poderemos afirmar após ensaios futuros”, complementou Suelice.

O extrato de maconha utilizado na pesquisa foi fornecido pela organização não-governamental Aliança Medicinal, de Olinda, que possui autorização judicial para o plantio, cultivo e comercialização da planta. A permissão foi concedida em uma decisão unânime da 5ª Turma do TRF-5, confirmada em agosto, após uma decisão liminar da desembargadora Joana Carolina Lins Pereira em março. Essa autorização possibilitou a pesquisa na UFPE.

A Aliança Medicinal informou que, após a publicação da primeira fase da pesquisa, outros três pesquisadores da UFPE e um da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) manifestaram interesse em desenvolver suas próprias pesquisas em parceria com a organização, com o objetivo de explorar produtos derivados da Cannabis para finalidades medicinais.

AgoraRN

Dr. DINNA Oliveira
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