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Javier Milei ganha na Argentina, Direita no Brasil comemora

javier millei
Javier Milei é economista ultraliberal

Argentina já tem seu novo presidente. O economista ultraliberal Javier Milei, do partido A Liberdade Avança, venceu, neste domingo (19), a eleição para a Presidência da Argentina. Com 86% das urnas apuradas, Javier Milei foi eleito com 55,95% dos votos.

Com 44,04%, Sergio Massa, candidato da coligação governista e atual ministro da Economia, reconheceu a vitória de Milei em discurso. Milei tomará posse em dezembro para 4 anos de mandato.

Reconhecimento da derrota

O ministro da Economia e candidato peronista à Presidência da Argentina, Sergio Massa (Unión por la Patria), reconhece derrota no segundo turno das eleições antes da divulgação do resultado oficial.

Durante pronunciamento feito em seu bunker por volta das 20h da noite deste domingo (19), Massa afirmou que conversou com Javier Milei, candidato do La Libertad Avanza, e lhe desejou sorte durante seu governo como presidente da Argentina.

“Obviamente, os resultados não são os que esperávamos. Me comuniquei com Javier Milei para parabenizá-lo e para desejá-lo sorte porque ele é o presidente que a maioria dos argentinos escolheu para os próximos quatro anos”, afirmou o ministro da Economia.

Até o momento do pronunciamento do peronista, o resultado oficial do pleito ainda não havia sido divulgado pelas autoridades eleitorais da Argentina.

Após um processo eleitoral bastante polarizado, Massa saiu em defesa da pacificação do país.

 

Quem é o novo presidente da Argentina

Nascido no bairro de Palermo, em Buenos Aires, em 22 de outubro de 1970, Milei teve uma infância marcada por momentos polêmicos em família, que ele mesmo reconheceu em um programa do canal argentino “Telefé”.

Embora o relacionamento com seus pais não fosse bom, Milei encontrou apoio em sua irmã.

O economista reconhece que Karina Milei é a pessoa que melhor o conhece e é “a grande arquiteta” de seus acontecimentos políticos. Milei disse a diferentes meios de comunicação que, caso se torne presidente, ela desempenhará o papel de primeira-dama.

O jornalista Juan Luis González é um dos pesquisadores da biografia não autorizada do economista, intitulada “El Loco”. À CNN, ele declarou que a passagem de Javier Milei pelo Colégio Cardenal Copello, em Villa Devoto, foi marcada por bullying.

Para a elaboração do livro, o autor garante que conversou com os colegas de escola do candidato à Presidência e todos concordaram com a memória de um menino retraído e calado e que era alvo de piadas constantes.

Nos anos 1980, Milei tentava ser goleiro nas categorias de base do clube de futebol argentino Chacarita Juniors. “Não sou torcedor do Chacarita, mas passei a fazer parte do time profissional em 1989”, confessou o economista em entrevista à rádio “Urbana Play FM”, de Buenos Aires.

E quando se trata de futebol, outra informação aparece: Milei passou de ter um camarote e uma estrela no Museo de la Pasión Boquense, do Boca Juniors, a um torcedor favorável a que o River Plate ganhasse a final da Copa Libertadores de 2018, disputada entre os dois rivais.

Segundo ele, sua paixão pelo tradicional clube de Buenos Aires arrefeceu com a aposentadoria do atacante Martín Palermo, em 2011, e por discordar de decisões do ex-presidente Daniel Angelici.

A partir de 2018, a ascensão de Milei surgiu nos principais meios de comunicação argentinos, com a divulgação de seu discurso “liberal libertário”, como costuma chamar.

O grande salto em sua carreira política veio em 2020, quando anunciou sua candidatura à Presidência nas eleições de 2023.

Esse passo abriu caminho para que sua coligação, La Libertad Avanza, conquistasse duas cadeiras na Câmara dos Deputados no ano seguinte, ocupados por ele e por sua candidata à vice-presidência, Victoria Villarruel.

Suas principais propostas de campanha são a dolarização da economia argentina em etapas, a redução dos gastos estatais e a privatização de empresas públicas.

No plano trabalhista, ele propõe o fim das verbas rescisórias para reduzir os custos trabalhistas, mas duas das propostas que mais geraram polêmica encontram-se na esfera de segurança: a desregulamentação do porte de armas e a militarização das prisões.

 

Com informações da CNN

AgoraRN

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