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O que danado é Hidrogênio Verde? Problema bom para o RN; leia opinião de Vagner Araujo

hidrogenio verde
Foto: Reprodução

Na vanguarda da energia sustentável, o hidrogênio verde é uma alternativa ambientalmente responsável e, também, uma chave para o desenvolvimento industrial, especialmente em locais onde sua produção é economicamente viável. Comparando com seu homólogo, o ‘hidrogênio cinza’, o hidrogênio verde é obtido por meio da eletrólise da água, utilizando eletricidade de fontes renováveis.

Este método se destaca pela sua sustentabilidade e baixo impacto ambiental. A eletrólise, que separa a água (H2O) em hidrogênio (H2) e oxigênio (o ‘O’ da molécula), é um processo limpo, especialmente quando alimentado por energias renováveis. Este método representa uma solução sustentável, liberando apenas vapor de água como subproduto.

O hidrogênio cinza, produzido a partir de recursos fósseis, contribui para o aquecimento global devido à emissão de gás carbônico (CO2). O hidrogênio verde, portanto, é uma alternativa mais sustentável e ambientalmente eficiente. Considerado o ‘combustível do futuro’, o H2v é versátil e limpo, ideal para uso em células de combustível e pode desempenhar um papel significativo inclusive no armazenamento de energia a longo prazo, além de ter aplicações variadas em diferentes setores. No entanto, um problema ainda não resolvido tecnológica e economicamente é a dificuldade em transportar o hidrogênio. Ainda não há solução para sua exportação devido à sua leveza e alta reatividade.

Mas para o Brasil e especialmente para o Rio Grande do Norte, isso é, paradoxalmente, benéfico. Explico: Esta limitação logística pode ser determinante para que indústrias, como siderúrgicas, tenham que se instalar nos territórios onde o hidrogênio verde é produzido. Esse movimento é reforçado pela necessidade de atender as metas de descarbonização que estão sendo estabelecidas nos pactos globais pelo clima. Neste contexto, a dificuldade de transporte do hidrogênio torna-se um “problema bom” para para o nosso estado. Atentemo-nos que regiões com capacidade de produzir H2v a baixo custo podem se tornar centros industriais, atraindo empresas que precisam reduzir sua pegada de carbono.

“Se a montanha não vai a Maomé, Maomé vai à montanha”: indústrias que necessitam do hidrogênio verde terão que vir se instalar aqui, próximo à sua fonte, gerando um ciclo de industrialização e crescimento econômico sustentável que resultarão em muitos empregos. O hidrogênio verde, ao mesmo tempo que representa o futuro da energia limpa, também pode ser um motor de desenvolvimento industrial nas regiões capazes de produzi-lo de forma econômica, como é o caso do Rio Grande do Norte. Esta dinâmica precisa ser devidamente compreendida e aproveitada com políticas públicas capazes de impulsionar uma nova economia – a nossa economia.

AgoraRN

Dr. DINNA Oliveira
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