A Federação Única dos Petroleiros (FUP) inveja um ofício ao presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, com três afirmações principais. Primeiramente, solicite uma investigação interna imediata sobre possíveis irregularidades, conflitos de interesse e parâmetros adequados de avaliação na venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) para o fundo árabe Mubadala, ocorrida em novembro de 2021.

Em seguida, pedem a participação de um representante da FUP na comissão de investigação para garantir a informação e participação dos trabalhadores da Petrobras. Por fim, excluir o afastamento preventivo dos gerentes envolvidos na venda da RLAM para preservar a integridade da investigação.

O pedido da FUP baseia-se no posicionamento da Controladoria Geral da União (CGU), divulgado em 01/04/2024, que apontou a venda da RLAM por um preço abaixo do mercado. A FUP, através de sua representação jurídica, pretende entrar com uma ação judicial para responsabilizar os envolvidos na venda da refinaria, recuperar os prejuízos da Petrobrás e recuperar o controle da RLAM.

O relatório da CGU, com mais de 200 páginas, revelou que a RLAM foi vendida por US$ 1,65 bilhão ao fundo Mubadala Capital, uma divisão da Mubadala Investment Company. A FUP argumenta que a venda durante a pandemia e a baixa do preço do petróleo reduziram artificialmente o valor da refinaria, conforme indicado pelo documento da CGU.

A FUP já havia alertado sobre o preço abaixo do mercado, recorrendo ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Poder Judiciário em 2021. O relatório da CGU é considerado um passo importante para apurar responsabilidades e corrigir inconsistências no negócio da RLAM.