Arleide Ótica topo
Categorias
Pesquisar
Banner Gov RN

Domingos Brazão nega ligação com morte de Marielle Franco

domingos brazão
Ex-deputado estadual e conselheiro do TCE afirma que não conhecia ex-policiais Ronnie Lessa e Elcio Queiroz. Foto: Reprodução

O conselheiro Domingos Brazão, do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), afirmou nesta terça-feira 23 que “jamais teve qualquer envolvimento” com os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, suspeitos de terem matado a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. Lessa negocia delação premiada com a Polícia Federal.

Brazão reforçou que não tem relação com as mortes. Ele afirmou, em nota, que não conhece os ex-policiais Lessa e Queiroz e disse que “espera que os fatos sejam concretamente esclarecidos”.

Lessa teria citado o nome de Brazão à Polícia Federal como sendo o mandante do crime. A informação veio a público nesta terça 23, em reportagem do site The Intercept Brasil.

O ex-deputado estadual do RJ afirma que teve pedido de acesso à investigação negado. Além disso, Brazão disse que reportagens apresentam “razões inverossímeis” para tentar associá-lo ao caso.

A morte da vereadora teria sido vingança de Brazão contra Marcelo Freixo, segundo o The Intercept. Hoje presidente da Embratur, Freixo já foi deputado federal e, anos antes, durante mandato na Alerj, presidiu a CPI das Milícias. Brazão foi citado no relatório final das investigações, em 2008.

Marielle trabalhou com Freixo durante 10 anos. Ela participou ativamente da campanha do ex-deputado para Alerj, em 2006, e foi assessora de Freixo antes de ser eleita vereadora no Rio de Janeiro.

Lessa está preso desde 2019. Ele foi detido junto com Queiroz, que confessou ter dirigido o carro usado no atentado que matou Marielle. Os dois são ex-PMs.

Para que a delação de Lessa seja homologada, é preciso que o que foi dito por ele seja provado pelos investigadores do caso. O acordo de colaboração foi negociado no final do ano passado.

Procurado, o advogado de Lessa, Bruno Castro, disse desconhecer sobre a delação do cliente e afirmou que deixará o caso assim que for informado do acordo de colaboração.

“Por ideologia jurídica não atuamos para delatores”, afirmou.

A viúva de Marielle, a vereadora Monica Benicio (PSOL-RJ), se manifestou nas redes sociais sobre a delação de Lessa. Ele afirmou que vê com preocupações o vazamento de informações que possam comprometer o andamento do caso.

“Aguardamos com esperança que a delação de Ronnie Lessa apresente de fato novos elementos probatórios que representem um avanço significativo na busca por justiça. No entanto, é necessário ressaltar que, até o momento, não houve atualizações oficiais por parte das autoridades envolvidas, e a delação ainda precisa ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça para confirmar sua validade”, disse.

Há uma avaliação dentro da Polícia Federal, que hoje toca as investigações, de que o caso Marielle só será concluído com os depoimentos dos envolvidos. A justificativa para isso é que, como já se passaram quase seis anos do assassinato, muitas das provas não existem mais.

Em um relatório feito após a colaboração de Queiroz, a PF citou falta de registros telefônicos dos suspeitos e de imagens do entorno do crime como “limites intransponíveis” para a investigação.

Essa avaliação se baseia também na própria delação de Queiroz, que possibilitou a prisão do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, como uma das pessoas que participaram da campana para monitorar Marielle.

AgoraRN

Pesquisar
Categorias
Canal YouTube
WhatsApp