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Potiguares apontam instabilidade de sinal telefônico; Anatel registra mais de 500 reclamações em 2023

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Anatel aconselha que usuários busquem soluções com as operadoras. Foto: José Aldenir / Agora RN

Potiguares têm manifestado insatisfação devido à instabilidade no sinal telefônico de todas as operadoras no estado. Usuários têm relatado dificuldades em realizar chamadas, na conexão de dados e quedas recorrentes de sinal. As reclamações têm sido compartilhadas nas redes sociais, refletindo a preocupação em relação à qualidade inconsistente dos serviços.

Morador da capital potiguar, Anderson Maciel, de 28 anos, trabalha com mídias sociais e compartilhou suas frustrações sobre as dificuldades enfrentadas devido ao sinal de telefonia precário. Ele, que é usuário de um plano pré-pago da operadora Claro, descreveu preocupação com a conectividade nos últimos dias.

“Noto que a internet está mais difícil de conectar, assim como fazer ligações telefônicas. Há pelo menos duas semanas eu venho recebendo uma notificação dizendo que a operadora desativou temporariamente o serviço de dados”, relatou o jovem.

O problema vai além da indisponibilidade de dados. Anderson também mencionou situações em que tentou fazer ligações sem sucesso. “Já precisei ligar para um familiar e não completava a ligação de jeito nenhum, mesmo com os dois telefones em bom estado,” disse ele.

A estudante Nathasha Silva, de 25 anos, concorda que o sinal tem piorado, mesmo tendo contratado um plano pós-pago. “Eu sempre achei a operadora Tim ruim, mas ultimamente está pior porque o meu 4G [internet móvel] só pega quando quer”, pontuou.

Universitária de 21 anos, a natalense Luana Xavier também utiliza a Tim. “Faz algumas semanas que venho percebendo a rede de internet e de telefone ruim. Não só em lugares fechados, mas também na rua, os aplicativos demoram a carregar e muitas vezes nem abrem. O sinal de telefone também estava tão ruim que eu tentava ligar e nem chamava. Na semana passada, faltou energia em algumas regiões de Natal e isso afetou mais ainda a qualidade”, disse ela.

A experiência deles reflete a preocupação de muitos usuários que dependem da telefonia para as atividades diárias. Questionada pela reportagem, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) revelou que registrou mais de 500 reclamações relacionadas à telefonia em 2023 no Rio Grande do Norte. Foram 244 reclamações de problemas com chamadas até outubro. Além disso, foram 269 reclamações relacionadas à internet e dados móveis no mesmo período.

A Anatel reconhece que o número de reclamações é baixo. “Apesar do empenho da Anatel em divulgar essas informações em seus canais, o baixo número de reclamações registradas pode ter relação com o desconhecimento da população”, diz a nota oficial enviada ao AGORA RN.

Os canais de atendimento da Anatel para registrar reclamações são através do aplicativo “Anatel Consumidor”, do site www.gov.br/anatel, por telefone discando 1331 de forma gratuita, e de maneira presencial na sede localizada na Av. Rodrigues Alves, nº 1187, no Tirol, com horário de atendimento de segunda a sexta-feira, de 9h às 16h.

A Anatel recomenda que o consumidor procure primeiramente sua prestadora para resolver o problema. É a operadora quem presta diretamente o serviço e tem obrigação de responder todas as demandas. Caso o problema persista, o consumidor deve buscar a Ouvidoria da prestadora, que funciona como instância superior de atendimento dentro da própria empresa. Se ainda assim o problema não for resolvido, o consumidor pode registrar reclamação na Anatel, de posse de seu protocolo de atendimento da Ouvidoria da prestadora.

“A atuação regulatória da Agência ocorre com base em diversas fontes de informação para diagnóstico da prestação dos serviços, dentre as quais, indicadores técnicos, reclamações registradas em seus canais de atendimento, demandas de relacionamento institucional (Prefeituras, Ministério Público, Câmaras Municipais e Estaduais, Procons, etc) e de processos internos de inteligência. Portanto, a atuação não está pautada apenas nas reclamações registradas na Anatel”, explica a nota.

AgoraRN

Dr. DINNA Oliveira
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