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Lula: Ponto mais negativo é relação com Congresso, diz cientista político potiguar

Consultor de marketing e cientista político Bruno Oliveira falou sobre cenários. Foto: Reprodução
Consultor de marketing e cientista político Bruno Oliveira falou sobre cenários. Foto: Reprodução

Com o fim de 2023, o cenário político local entra na reta final para as eleições em âmbito municipal previstas para outubro do ano que vem. Com base nisso, o AGORA RN procurou o consultor de marketing e cientista político, Bruno Oliveira, para saber como foi o ano em relação aos governos de Natal, Rio Grande do Norte e Brasil, comandados por Álvaro Dias (Republicanos), Fátima Bezerra (PT) e Lula (PT). Além disso, foi destacada a atuação da oposição de ambos os políticos e o cenário visando o pleito eleitoral de 2024.

Em relação ao governo de Lula (PT), os primeiros meses de gestão foram de “lua de mel”, conforme disse o consultor. “O governo começou a apresentar resultados muito positivos na economia e isso obviamente tem um impacto positivo na avaliação. A gente percebe uma avaliação positiva do governo federal. O ponto mais negativo seria, exatamente, eu acho, essa relação com o Congresso. O governo não tem uma maioria expressiva no Congresso. Então, o fato disso não existir depende de muita negociação em cada projeto importante, isso acaba atrapalhando um pouco o governo”, conta.

O consultor aponta que o governo federal enfrenta uma oposição forte que também já existia em outros anos e que para conseguir a governabilidade precisa fazer muitas negociações. “Isso acaba tendo um custo alto para o país, porque são negociações que envolvem muitas vezes liberação de emendas e cargos e outras coisas, para garantir essa governabilidade, já que não há um alinhamento ideológico mais forte com o governo”, conta.

Análise do governo de Fátima Bezerra

Segundo o especialista, no governo estadual, por sua vez, o primeiro ano do segundo mandato da governadora Fátima Bezerra foi bem mais difícil do que o esperado. “Como o governo foi reeleito, então, naturalmente, existe uma expectativa muito grande da população. Essa expectativa contribui para que a avaliação do governo já comece a ter mais dificuldade. Então, com essa dificuldade, somada a uma também dificuldade com a Assembleia Legislativa, dificultou um pouco o governo”, disse Bruno.

“Então a oposição com essa votação do ICMS, por exemplo, saiu fortalecida, de alguma forma, e também a dificuldade do governo em, talvez, negociar ou fazer uma aproximação maior com a Assembleia, tenha contribuído para esse desgaste”, completou.

Apesar das dificuldades, o especialista considera como positiva o pagamento da folha em dia. “A gente sabe que a crise e a situação financeira do Estado não é simples, mesmo com toda dificuldade. Alguns setores, como por exemplo a área de segurança, teve reconhecidamente melhorias, os índices relacionados à segurança caíram, então isso é um ponto que favorece o governo. Houveram investimentos, equipamentos, pagamento inclusive de premiações e promoções que há muitos anos não existia”, concluiu.

Em âmbito municipal, especialista avalia Álvaro Dias

Bruno Oliveira comenta que o fato de Álvaro Dias não ser candidato e já estar em um final de mandato gera uma grande especulação sobre sucessão. “É um governo municipal que, em geral foi bem aprovado pela população, mas, no último ano, teve algumas quedas na sua aprovação, alguns temas foram muito negativos para a prefeitura”, disse, elencando o fator transporte público como “calcanhar de Aquiles”.

“O governo Álvaro Dias tem algumas entregas e tal, mas digamos que seria um governo mediano. Um governo mais ou menos aprovado é o que mostram nas pesquisas. Então, eu acho que Álvaro hoje conta com a oposição mais forte do que contou antes, isso também reflete no eleitoral”, diz. O consultor ainda definiu o ano de 2023 do prefeito como “bem frágil” em termos políticos.

Convidado a projetar o ano de 2024 no âmbito da capital potiguar, para o especialista a oposição virá forte no cenário eleitoral. “Veja a deputada Natália Bonavides, que aparece em todas as pesquisas que foram julgadas até agora em segundo lugar, fazendo oposição à gestão, e o primeiro lugar, que é Carlos Eduardo, também é um candidato, digamos assim, distante da gestão Álvaro Dias, embora tenha a vice-prefeita como indicação sua, mas é conhecido por todos que Álvaro e Carlos ainda estão afastados politicamente. Eu acredito que isso demonstra uma certa fragilidade da gestão de Álvaro, uma vez que ele não tem um candidato ainda colocado”, finaliza.

AgoraRN

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